Qual a importância do livro na sua vida? Seja ele de prosa, poesia, quadrinho, não importa. Os livros foram e continuam sendo essenciais na história da humanidade, civilização e sociedades do mundo todo. Aproveitamos que hoje é o Dia Mundial do Livro e conseguimos uma parceria incrível!
A escritora Graziele Shimizu ainda nem lançou seu livro e já está dando as caras pelo mundo literário e da poesia. No dia 08 de maio ela irá lançar seu primeiro livro, de poesia, chamado “Parte Eu Parte Outro”, pela Dobra Literatura. O livro conta, em versos e poemas viscerais, um pouco sobre a descoberta da autora da sua relação consigo mesma e a influência de todos que a rodeiam, quase como um registro da passagem de menina para quase-mulher, como ela se define atualmente. Segundo a Graziele, muitas vezes deixamos de perceber o dualismo entre o eu e o outro, lembramo-nos sempre que somos o “eu” para nós mesmos, mas esquecemo-nos a todo momento que, para o outro, nós é quem somos este “outro”.
A capa, do ilustrador Pedro Pipano (já falamos dele aqui!), possui toda uma energia própria em relação ao conjunto da obra, pois foi concebida especialmente para o “Parte Eu Parte Outro”, com poemas de inspiração, e sobre um caderno de anotações que a própria autora presenteou o ilustrador. Mas, ela conta que “o caderno foi um presente genuíno, sem nenhuma intenção de que ali fosse desenhada a capa, ou seja, esta flor que, na minha opinião, foi tão ideal que representa mais da minha própria personalidade do que do livro, em si”.
E para quem ficou interessado pela obra, tem duas chances de garantir essa belezura para chamar de sua. A primeira é, para quem está ou estará em São Paulo, comparecer ao lançamento, no dia 08 de maio, no Canto Madalena. A partir das 19h a Graziele estará lá realizando o lançamento do livro “Parte Eu Parte Outro”. Ela nos contou que, quem for, irá poder interagir de forma poética com a temática do livro. O que vai acontecer de verdade, ela só disse que é surpresa!
E a outra forma de ter este livro na sua estante é simples. A Graziele resolveu presentear um dos nossos Cavarockers com um exemplar fresquinho! Tá afim? É fácil:
Comente aqui, neste post, qual “outro” (outra pessoa) mais influenciou aquilo que você é atualmente, e o porquê. Não se esqueça de colocar um e-mail de contato para falarmos com você! Só irão valer as participações aqui dos comentários, ok?
A melhor resposta irá receber em casa um exemplar do livro Parte Eu Parte Outro, da Graziele Shimizu. Bacana, não?
Você pode mandar sua resposta até dia 29/04, e o resultado sai no próximo post de arte, na terça, 30 de abril. O livro será enviado ao ganhador após o dia 08 de maio, quando é o lançamento!
Participe e ajude a espalhar a poesia pelo mundo!
Depois de muita dúvida sobre quem presentear, o grande vencedor foi o Kaio Rafael, que trouxe uma resposta inusitada com Aliêksei Fiodorovitch Karamázov como grande outro de sua vida! Kaio, vamos te mandar um e-mail para combinar tudo, ok?
E para ver mais do trabalho do Pedro Pipano (vale a pena!), acesse seu site aqui! E para ver mais da poesia da Graziele Shimizu, acesse o blog Degusta Mundo!
Diabos de pergunta mais complicada essa, viu? Há algum tempo minha vida endoideceu e ganhou vontade própria. Foi um absurdo, foi algo inusitado e completamente alheio à minha vontade. Apesar disso, e por isso, foi uma delícia. Acontece que esses momentos de ruptura tem disso de me abrir a cabeça e o coração, e um tanto de gente que esqueceu da educação foi logo entrando e abrindo a geladeira. Aí complica escolher um indivíduo só. Ainda mais um entre os mais especiais... Se é assim, acho que vou ficar com quem começou isso tudo. O risco aqui é ser desclassificado pela minha escolha, afinal tô escolhendo alguém que existe diferente da gente que existe igual. O nome do diabo é Aliêksei Fiodorovitch Karamázov, personagem principal desse livro, Os irmãos Karamázov, considerado a obra magna do tal de Fiódor Dostoiévski. Sei que talvez não valha mesmo escolher alguém de dentro da literatura, mas vale dizer que não é assim que eu o encaro. Ele é, realmente, um amigo, e não é mais subjetivo do que qualquer outro amigo que existe como a gente existe. E explico o porquê. Faz anos que me perdi de um sentido (?) pra vida. Não que fosse necessário ter um, mas eu tinha, depois não tive mais, e tudo no mundo se tornou fel. Meu estado depressivo durou lá uns bons 5 anos. Foi quando, por um impulso claramente autodestrutivo, comprei a tal obra magna do tal autor russo epiléptico. Comecei a ler em um momento de limbo profundo, e não demorou muito para que o livro se tornasse a realidade. Foi a primeira vez que senti algo assim. Era como se o mundo cotidiano fosse um momento fora da minha existência, enquanto o mundo do livro era o que eu vivia todo dia. Não conseguia desligar, o tempo havia se tornado extremamente denso e rápido, por mais paradoxal que seja. Já li vários livros, já me encantei, já vivi um sem número de histórias, mas essa leitura me fez sentir que o mundo em que eu vivia era o literário. E é aí que entra a especificidade do Aliêksei... Eu poderia dizer que o Dostoiévski foi o cara responsável pela mudança, mas eu não conheço esse cara muito bem. A bem da verdade, eu sou extremamente ignorante em relação à vida dele. E, como eu disse, durante o tempo de leitura dos dois volumes do livro (uns vinte dias), minha vida aconteceu em outro mundo. E foi lá que eu conheci o Aliócha (diminutivo russo para o nome). A verdade é que esse cara me transformou de uma maneira inacreditável. Seu jeito de ser, sua postura, seu modo de lidar com a realidade me fez perceber claramente o quão desgraçado eu havia me tornado nesses anos consecutivos de frustração. Toda a questão é que ele é diferente de tudo, ele não se encaixa no mundo, e, ao mesmo tempo, não reclama, age. Eu havia me tornado alguém completamente amargurado, até que encontrei um indivíduo no mundo que havia descoberto a maneira de ser que eu sempre achei correta. Não são poucas as vezes em que o mundo tenta nos esmagar, fazer da gente patê de atum e servir entre dois pães de forma, enquanto alguém abocanha sem nem saber quantos sonhos foram destruídos no processo. E a gente fica calejado e acaba desistindo, se contorcendo de dor e aceitando que, afinal, temos que ser os outros, não é? Como os outros são, como os outros esperam, como ninguém é de verdade. E nos anulamos completamente, só pela convicção de que é a única maneira de existir. E isso dói. E nunca mais somos os mesmos. Não sei se quem tem a possibilidade de ser quem realmente é. Não sei quantas pessoas deixaram isso de lado por algum motivo específico. Mas eu sei que foi o Alieksei que me fez voltar a acreditar em mim mesmo, voltar a confiar que nós podemos existir juntos na alteridade e que nós estamos aqui pra sermos quem somos. Foi quem me fez ojerizar a uniformidade que eu estava me tornando. E quem fez com que eu passasse por uma séria revolução na minha existência que permitiu que muita gente entrasse e fizesse estragos maravilhosos no meu lugar comum conformado. Foi mais do que uma leitura casual, mais do que uma leitura literária, foi uma experiência de vida intensa o suficiente pra fazer com que eu realmente me tornasse outra pessoa. Acho que é basicamente isso. Mil perdões pelo exagero na resposta, mas olha a pergunta... Tão difícil ser simples... Meu e-mail é "kaiodiniz@hotmail.com". E, ah, pra quem se interessar, transcrevi no meu blog uma parte inacreditável do romance, em que o irmão do Aliêksei narra o conto d'O Grande Inquisidor. Se alguém se interessar, tá aqui o link: http://auspiciosoinferno.blogspot.com.br/2012/08/v-o-grande-inquisidor_26.html Beijos e abraços a todos! (:
Procurandoe entender os sonhos de vida de meus filhos, mostrou e mostra a mim o quanto filho eu fui nos meus sonhos de vida.
Nossa muito bacana Kaio!! abs
Minha ex-esposa. Ela me ensinou o que é amor e desamor.
Minha vó foi a pessoa que mais me influenciou. Sem saber ler nem escrever me mostrou que sabedoria se adquiri com a vida.
Quem mais influenciou no que eu sou atualmente foi a minha família. São vários outros, então: diversas relações, mãe, pai, irmãos, tios, avós, são gerações de formação, sentimentos e pontos de vista. Eles são minhas raízes, minhas fontes de força e meu sossego.
Muito legal!