Em busca de um pouco de sol e esporte, Máncora, no norte do Peru foi a melhor idéia. Aqui só chove uma vez por ano, por acaso foi durante minha estadia, mas tudo bem… e venta todos os dias o que é perfeito para o kitesurf!

 Em Cusco eu já havia ficado no albergue Loki, que é super badalado e cheio de jóvens, que vêm atraídos pelos preços bem baixos. Em máncora também tem um Loki e, junto com um bom amigo Israelita, Shauli (nessa foto comigo), consegui um empreguinho rápido no bar em troca de acomodação e refeições. Assim economizei uma grana!

Para minha surpresa, um entregador de cerveja, meu chará, tinha uma polo maravilhosa com o nosso nome escrito enorme atrás “PEDRO”. Não resisti e resolvi fazer uma troca com ele, que adorou minha camiseta do Timão da Cavalera.

 Esse farol que observa imponente o mar e a todos é meu ícone favorito da paisagem de Máncora. Essa região fascina, desde o artista local “wanna be” Gaudí daqui, autor desse farol em mosaico claramente inspirado pelo artista espanhol, quanto Hemingway, que morou no vilarejo ao lado, Cabo Blanco.

A pirataria reina no Peru e ao ver que acabou de sair um filme chamado “Máncora”, de Ricardo de Montreuil, comprei o DVD por 5 sóis (3,7 reias) e assisti ontem.. Não estava mal, uma linguagem muito contemporânea e a fotografia e edição estavam afiadas. Tinha até um brasileiro no elenco o Philippe Haagensen de “Cidade de Deus”. Olha só o cinema peruano… Mas não é de estranhar, o Peru é um país em processo de revolução socioeconômica e o cinema é um reflexo desse processo.

 Pedro Palomino