11/06/2014

Tudo bem que a Copa do Mundo é sobre futebol, mas é incrível o fato de que, em tempos de mundial, a cultura dos países se mostra ainda mais em evidência, e é isso que nos faz nos apaixonar por esta linda época. Pensando nisso, fomos na contramão das tendências e escolhemos dois países que não estão na Copa para saber um pouco mais.

O Líbano é um desses países que não estão em campo, mas estão em nossos corações. Afinal, é de lá que veio a família e a herança cultural do nosso diretor criativo Alberto Hiar. Por isso, procuramos uma pessoa com uma ligação tão forte quanto a nossa para falar um pouco mais sobre o país, e foi assim que surgiu a Letícia Saba e sua lindíssima história.

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Os avós maternos da Letícia, que por sinal eram primos e o avô precisou roubar a avó para se casar, são do Líbano, de  uma cidadezinha chamada Bakarzla, ao sul do país. Após o primeiro filho eles migraram para Goiânia, no Brasil, e tiveram mais 6 filhos. Depois de muitos anos a mãe da Letícia e mais dois tios voltaram ao país, de onde trouxeram os lindos objetos cheios de memórias. Ela conta que o espelho é de machetaria e a peça que mais gosta. O conjunto de prata é muito antigo, para servir açúcar e pertenceu à sua avó. Já o quadrinho e a outra peça verde são referência aos Fenícios, população que habitou o território hoje libanês. Das peças de cobre, além do narguilé, tem um instrumento parecido com um lápis de olho, com formato que faz referência à bandeira do Líbano. Por último, uma pequena imagem do Saint Charbel, segundo ela, “o eremita mais adorado no Líbano”.

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Outro país  que está em nossos corações é a Jamaica, e demos a sorte de encontrar um cara com uma bela história, o trombonista Victor Fão.

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Ele conta que sua paixão por música jamaicana vem desde moleque, por bandas como The Specials e Madness, que o levaram aos Skatalites e a nunca parar de estudar o som genuíno do país. Mais tarde, já como trombonista, o Victor entrou em uma banda chamada Ba-Boom, com muita influência da música jamaicana. Eles gravaram um CD e com esse disco foram convidados a tocar na Jamaica, em um dos maiores festivais de jazz do Caribe, o Ocho Rios Jazz. Lá, descobriu que além de lindo, o povo jamaicano é um povo forte, extremamente musical e adora o Brasil. Das coisas que o fazem recordar, a ilustração foi de um jamaicano que deu uma dessas pra cada um da banda. A camisa é uma lembrança do clima quente e cheio de alegria do Caribe, o trombone da música que o levou até lá e, no caderninho, alguns desenhos que fez enquanto aproveitava sua realização: estar na Jamaica.

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