11/09/2012

Em tempos de sustentabilidade, a união entre corpo e natureza muitas vezes diz mais do que muitas palavras, e é assim que o fotógrafo Arno Rafael Minkkine realiza sua arte: mais do que modelo para as próprias fotos, ele utiliza partes do próprio corpo para criar imagens incríveis, nas quais o ambiente e ele próprio se tornam uma coisa só. Confira algumas dessas lindezas!

 

Curtiu? Encontramos o Arno aqui na Zupi!

17/07/2012

Toda mulher sabe que maquiagem pode fazer toda a diferença, que muitas vezes o make transforma nossos rostos, dando desde novas linhas e formatos a aparências completamente diferentes. Mas, o fotógrafo francês Leland Bobbé decidiu provar isso de uma forma muito simples e verdadeiramente incrível: ele fotografou travestis com apenas metade do rosto maquiado!

Não é simplesmente fantástica a forma como a pessoa pode realmente se transformar apenas com maquiagem (e peruca, muito gliter, purpurina…)? As fotos são retratos do criador e da criatura, juntando em uma mesma imagem aquele que conbeu e a drag concebida.

É legal observar as alterações que a make provoca nos rostos. Olhos mais abertos, lábios maiores, e a barba então, nem parece que um dia esteve lá!

E aí, curtiu o trabalho do Leland? Você pode encontrar mais dessas half-drags lá no site dele, e também outros retratos e fotografias incríveis!

Nós vimos o trabalho do fotógrafo la na Zupi!

Se curtiu? compartilhe!

27/03/2012

O espanhol Eugenio Recuenco é considerado um dos maiores fotógrafos de moda da atualidadea, e nós até já falamos dele aqui no blog! Mas como todo grande artista, o Eugenio continua dando o que falar. Desta vez, o fotógrafo que mistura a estética cinematográfica às suas obras lançou mão de mais uma vertente da arte: as mulheres de Picasso.

O também espanhol Pablo Picasso teve sua vida e obras marcadas pelas mulheres com quem conviveu em sua vida, que foram sete no total: Fernande, Eva, Olga, Marie-Thérèse, Dora, Françoise e Jacqueline. Especialistas afirmam que Picasso vivia suas paixões tão intensamente que toda sua obra foi fortemente influenciada por essas mulheres. Alguns críticos chegam até mesmo a afirmar que as fases de sua carreira podem ser definidas de acordo com as amantes.

Recuenco transformou as telas, inspiradas em mulheres reais, em fotografias de moda de mulheres reais e contemporâneas, dotando, inclusive, algumas fotos com a desconstrução típica de Picasso.

Se você gostou, acesse o site do Eugenio Recuenco e confira mais dessa arte fotográfica do espanhol!

21/03/2011

O artista entrevistado desta semana é o fotógrafo Flavio Samelo. Desde 1992 ele anda de skate e fotografa o esporte. No começo de sua carreira, chamou atenção ao acrescentar elementos urbanos, como graffitis, pixações e postes, às imagens dos skatistas. Agora, ele trabalha na mistura entre fotografia e pintura concreta.

Você começou sua carreira fotografando skatistas e grafiteiros. Pode nos contar um pouco sobre essa experiência?

Eu andava de skate no Zona Norte Skatepark direto, com vários skatistas que hoje são super conhecidos, como o Bob Burnquist, Marcus Kamau, Robson Reco, James Bambam e tantos outros. Eu não andava bem como eles, e para continuar andando com meus amigos, sem me sentir constrangido ou desmotivado pela diferença técnica no skate, inventei que era fotógrafo e comecei a me dedicar a isso. Vários dos skatistas faziam graffiti e pixação. Fui aprendendo um pouco dessas outras culturas e agregando aos poucos ao que eu fazia com skate.

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Qual é a importância das intervenções artísticas no espaço urbano?

Acho que a arte em geral tem a função de contestar, questionar, colorir e chamar a atenção de alguma forma. Em São Paulo, que é uma cidade pesada, agressiva e super agitada, a arte que é feita na rua mostra pontos de vistas diferentes de uma realidade de massa, que muitas vezes não é percebida pela grande maioria, até que algum desses artistas mostra isso de outra maneira.

Como foi a experiência de desenvolver um tênis exclusivo para uma marca esportiva ? Qual foi o maior desafio?

Foi uma experiência muito prazerosa e sem dúvida desafiadora em função do suporte calçado. Sem a ajuda do Fabrício da Costa (designer) e a Ingrid Abdo (Nike), nada ia acontecer. Eles tinham todo o conhecimento técnico do calçado, e conversando com eles sobre o projeto fui passando idéias minhas sobre o que poderia fazer com um tênis, e o resultado foi satisfatório para todos envolvidos. Até hoje, mesmo após 5 anos do lançamento, e estando esgotado, ainda vejo o tênis no E-bay, na Nova Zelândia e nos Estados Unidos.

Porque você decidiu estudar história da arte? O curso modificou seu modo de trabalhar?

Eu estava sentindo falta de conteúdo nas coisas que estava produzindo na época, e sabia que seria através de outras referências que isso seria resolvido. Busquei essa pós pois gostei das matérias e das aulas. Logo no começo do curso minha cabeça já mudou completamente em relação às coisas que eu via de arte, e até em relação ao meu próprio trabalho. Comecei a me preocupar muito mais com arquitetura e estudos em fotografia oitocentista, por exemplo.

Atualmente, você mistura a fotografia com a pintura. Qual é a importância desta técnica no resultado final? Já fez ou pretende fazer trabalhos somente com pintura?

Tenho feito isso pois foi a maneira que eu resolvi uma problemática na minha produção, que era juntar fotografia e pintura em um trabalho só. Estou pesquisando muito sobre qual tipo de papel devo usar com qual tinta, e outras coisas para tentar tirar o melhor proveito disso. Fiz vários trabalhos só com pintura, tenho feito muitos estudos só com tinta para ver as possibilidades desse material.

flaviosamelo2Obras expostas na CAP

Seu trabalho influencia seu modo de se vestir?

Acho que sim, tudo influencia.. Eu gosto de usar bermudas que tenham uns bolsos secretos quando estou pintando ou fotografando para colocar pincéis ou filmes, e acabo usando essas mesmas bermudas quando não estou fazendo fotos ou pintando.

Você costuma trabalhar ouvindo música? Quais são seus artistas preferidos?

Isso varia muito. Tenho uma coleção de LPs de jazz brasileiro dos anos 50 e 60 que eu levo sempre em mp3 quando vou pintar em algum lugar. Sempre começo com isso na maioria das vezes, mas acabo escutando de tudo: Coltrane, Monk, Brubeck, Jay Z, Hieroglyphics, Nirvana, A Tribe, Luis Prima, Pharcyde, All, Pogo, Mac Rad e ultimamente tenho escutado muito Temper Trap, mas tem muita coisa, meu iTunes tem quase 60.000 músicas, sempre no shuffle!

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Confira mais sobre o artista em seu site.

As obras de Flavio Samelo ficam em exposição na CAP Gallery (Cavalera Art Projects) até 31 de março.

Cap – Cavalera Art Projects
10 de fevereiro a 31 de março de 2011
Alameda Lorena, 1922 (São Paulo)
Informações: (11) 3061-2356