Cavamundo: nada mais natural | Rocío Montoya

A arraigada e intrínseca relação entre homem e natureza. É neste cenário atual e imediatista que a fotógrafa e artista plástica Rocío Montoya constrói uma narrativa de dentro para fora, íntima e reveladora, real e surreal através de suas colagens.

Cavamundo: nada mais natural | Rocío Montoya

Utilizando-se de personagem prioritariamente femininos, recortados de postais e fotografias de família, a artista expõe de maneira exuberante a máquina do corpo humano – essa não entulhada de correntes e rodas dentadas – mas um organismo vivo, inconsciente da onírica beleza que carrega dentro de si.

Cavamundo: nada mais natural | Rocío Montoya

Em um momento que os recursos naturais se tornam cada vez mais limitados e sua ausência cria condições limitadoras à situação humana, o trabalho de Montoya se torna ainda mais relevante e reflexivo sobre o futuro da humanidade.

Para ver mais trabalhos de Rocío Montoya, acesse: http://rociomontoya.com

Cavamundo: nada mais natural | Rocío Montoya

Cavamundo: Cabine Fotográfica | Foto Mike Harvey

Bandeira um: na segunda maior cidade do País de Gales, Swansea, o taxista Mike Harvey decide trabalhar em um novo turno. O seu maior prazer, conhecer novos lugares e descobrir aventuras Europa a fora – Índia, Egito, Nepal e até Brasil à passeio durante uns meses – necessitavam de uma renda maior para continuarem.

Então foi aí que as viagens que aconteciam durante o dia com pessoas engravatadas, jovens a caminho da rodoviária, senhoras voltando do médico se somariam a novas e instigantes corridas noturnas. 

Cavamundo: Cabine Fotográfica | Foto Mike Harvey

Bandeira dois: se vê cada coisa durante a noite, não é mesmo? E Harvey viu de tudo. Porque o que é passageiro também é bem aleatório. Foi nesse momento que subiu a bandeira dois, disparou-se o flash e o banco de trás virou uma cabine fotográfica, onde mais de 120 viagens foram registradas pelas lentes de uma câmera DSL.

Histórias de pessoas caindo bêbadas e sozinhas nas madrugadas, episódios da Segunda Guerra Mundial e outras mal contadas de convites a drogas e sexo a três sobem e descem no táxi do alegórico microcosmo de Swansea. Tudo fotografado. E agora, as favoritas integram uma exposição aberta recentemente, num projeto intitulado “TAXI: Photography Exibition”. 

De onde sai a inspiração para o olhar de um diretor que tem filmes como Laranja Mecânica, O Iluminado e 2001: Uma Odisseia no Espaço? Stanley Kubrick, um dos grandes gênios do cinema e da arte, já aplicava sua luz, ângulos e drama na fotografia, quando trabalhava para a revista Look, em Nova Iorque. Com 17 anos, Kubrick vendeu para a revista a foto de um homem em uma banca de jornais, cercado por notícias da morte do presidente Roosevelt. Depois disso foi chamado para fotografar para a Look, onde ficou de 1945 a 1950, quando, ainda bem, trocou a fotografia pelos vídeos.

Todas as fotos são de Nova Iorque na década de 40. As composições, a iluminação e os personagens escolhidos pelo diretor são uma aula para o olhar. Os negativos pertencentes à Look foram doados à Biblioteca do Congresso norte-americano após o fechamento da revista. Nós achamos esse lindo material aqui no Hypeness.

Tudo é questão de ponto de vista. Vivemos repetindo isso por aqui. E este ensaio que encontramos no Catraca Livre é uma bela representação desta afirmação. O fotógrafo norte-americano Trevor Christensen decidiu mudar o referencial do olhar no ensaio “Nude Portraits” (“Retratos Nu”). A diferença desta série para outras com nu: quem estava sem roupa era o fotógrafo.

A ideia de Trevor é se colocar em posição de vulnerabilidade e captar a reação das pessoas a isso. Olhos fechados, cara de horror e sorrisos maliciosos. Seu objetivo é refletir sobre a relação do fotógrafo com os modelos.

O mais legal de tudo é que o projeto de Christensen continua rolando, e você pode acompanhar pelo seu Instagram, Twitter ou pelo site.