É difícil saber ao certo quando surgiu o skate. O que se sabe é que foi na década de 60, nos Estados Unidos, que os surfistas descontentes com as ondas do mar decidiram colocar rodinhas de patins nas suas pranchas, surfar em terra firme e chamar o novo “brinquedo” de skate. Nesta época, o famoso “free style” dominava. Foi em meados da década de 70 que aconteceu o famosos racionamento de água nos Estados Unidos e as piscinas tiveram que ser esvaziadas, surgindo assim o skate vertical, e nos 80, com a inovação dos skates e das pistas em “U”, nomes como Jay Adams, Steve Caballero, Tony Alva, Tom Sims, Stacy Peralta, entre outros contribuíram e muito para o progresso do skate.

No Brasil, a história conta que o skate chegou por aqui por volta de 1965, quando ainda eram feitos com rodinhas de patins ou de ferro. O skate foi considerado apenas uma prática de lazer no país por mais alguns anos, quando, em 1070, foi inaugurada a primeira pista brasileira e também aconteceu o 1º Campeonato Brasileiro de Skate.

Em 1999 foi fundada a CBSk, Confederação Brasileira de Skate, e desde então o esporte vem ganhando cada vez mais espaço no país. Atualmente o Brasil é a segunda maior potência do skate no mundo, perdendo apenas para os criadores do esporte, os Estados Unidos. Nomes como Bob Burnquist, Rodolfo Ramos e Diego de Oliveira estão entre os maiores do mundo e só trazem orgulho para o nosso país!

Bob Burnquist na MegaRampa

Todo mundo torce pelo próprio país na Copa do Mundo, mas os jogos são tantos e tão legais que acabamos assistindo e até querendo ver outros países ganhar. A Cavalera lançou uma coleção de camisas de diversos países e nós selecionamos um motivo a mais para torcer por cada um deles.

É da Espanha que vem o grande cineasta Pedro Almodóvar. Não se sabe ao certo sua idade, mas ele, homossexual assumido, trata abertamente da sexualidade em seus filmes. Entre seus maiores sucessos estão Volver, A Má Educação e Vicky, Cristina, Barcelona.

A Inglaterra, por exemplo, é a terra de uma das bandas consideradas até hoje uma das maiores: os Beatles. A banda durou apenas 10 anos, mas revolucionou os moldes, introduzindo outras influências ao seu som, sendo a banda de música popular de maior sucesso até hoje.

Da Inglaterra também vem a banda de britpop Pulp. Formada em 1978 pelo vocalista Jarvis Cocker, a banda passou quase 10 anos longe dos palcos, voltando em 2011. Entre suas influências estão David Bowie, The Cure, The Kinks e os Beatles.

A Holanda conta com uma referência de muito peso: Vincent Van Gogh, considerado por alguns como o maior artista de todos os tempos. Sua pintura pós-impressionista não foi suficiente para que ele obtivesse sucesso em vida, mas ficou famoso após uma exposição póstuma em Paris, em 1901.

Para quem gosta de moda, tem que conhecer a nossa indicação da França, o fotógrafo e ilustrador Guy Bourdin. Sua capacidade com as artes permitia que sua imaginação voasse além do comum, tornando-se referência em fotografia de moda e publicidade, com cliques que exploravam a sexualidade e a violência.

Da Itália, o motivo são as tardes na cozinha com muita fartura, embaladas pela Bella Musica Italiana. Além dos embalos de uma belíssima tarde familiar, a Itália foi berço de grandes nomes da música como Giuseppe Verdi, Antonio Vivaldi e até música popular como Laura Pausini.

A Argentina é o berço de um dos maiores quadrinistas da atualidade, Ricardo Siri Liniers. Autor da famosa série Macanudo, já publicou trabalhos em veículos como a revistas Rolling Stone, o The New York Times, além de lindas mostras e exposições como artista plástico.

Por último, da Alemanha a indicação é o Kraftwerk. O grupo de música eletrônica, que existe desde os anos 70, entre diversas formações, é considerado tão influente na música popular quanto os Beatles, pois suas técnicas e equipamentos influenciam toda a música atual, sendo tidos como precursores de toda a dance music.

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Tudo bem que a Copa do Mundo é sobre futebol, mas é incrível o fato de que, em tempos de mundial, a cultura dos países se mostra ainda mais em evidência, e é isso que nos faz nos apaixonar por esta linda época. Pensando nisso, fomos na contramão das tendências e escolhemos dois países que não estão na Copa para saber um pouco mais.

O Líbano é um desses países que não estão em campo, mas estão em nossos corações. Afinal, é de lá que veio a família e a herança cultural do nosso diretor criativo Alberto Hiar. Por isso, procuramos uma pessoa com uma ligação tão forte quanto a nossa para falar um pouco mais sobre o país, e foi assim que surgiu a Letícia Saba e sua lindíssima história.

Os avós maternos da Letícia, que por sinal eram primos e o avô precisou roubar a avó para se casar, são do Líbano, de  uma cidadezinha chamada Bakarzla, ao sul do país. Após o primeiro filho eles migraram para Goiânia, no Brasil, e tiveram mais 6 filhos. Depois de muitos anos a mãe da Letícia e mais dois tios voltaram ao país, de onde trouxeram os lindos objetos cheios de memórias. Ela conta que o espelho é de machetaria e a peça que mais gosta. O conjunto de prata é muito antigo, para servir açúcar e pertenceu à sua avó. Já o quadrinho e a outra peça verde são referência aos Fenícios, população que habitou o território hoje libanês. Das peças de cobre, além do narguilé, tem um instrumento parecido com um lápis de olho, com formato que faz referência à bandeira do Líbano. Por último, uma pequena imagem do Saint Charbel, segundo ela, “o eremita mais adorado no Líbano”.

Outro país  que está em nossos corações é a Jamaica, e demos a sorte de encontrar um cara com uma bela história, o trombonista Victor Fão.

Ele conta que sua paixão por música jamaicana vem desde moleque, por bandas como The Specials e Madness, que o levaram aos Skatalites e a nunca parar de estudar o som genuíno do país. Mais tarde, já como trombonista, o Victor entrou em uma banda chamada Ba-Boom, com muita influência da música jamaicana. Eles gravaram um CD e com esse disco foram convidados a tocar na Jamaica, em um dos maiores festivais de jazz do Caribe, o Ocho Rios Jazz. Lá, descobriu que além de lindo, o povo jamaicano é um povo forte, extremamente musical e adora o Brasil. Das coisas que o fazem recordar, a ilustração foi de um jamaicano que deu uma dessas pra cada um da banda. A camisa é uma lembrança do clima quente e cheio de alegria do Caribe, o trombone da música que o levou até lá e, no caderninho, alguns desenhos que fez enquanto aproveitava sua realização: estar na Jamaica.

Você viu que o avião da Seleção Brasileira foi todo decorado com grafittis dos Gêmeos (já falamos deles aqui)? Em homenagem a esta obra de arte, selecionamos mais dois artistas de rua brasileiro que vivem falando sobre o Brasil em seus trabalhos.

Crânio

Fabio Oliveira, mais conhecido como Cranio, nasceu em 1982 e começou seu trabalho como artista de rua em 1998. Ele buscava um personagem que fosse a cara do Brasil, e não poderia ter escolhido melhor. O famoso índio azul foi o que ele, nascido em São Paulo, decidiu usar para embelezar muros e paredes do Brasil e do mundo. Como conta em seu site, “com um toque azul e uma linha marcante, a figura brasileira está sempre em situações engraçadas que roubam olhares e ainda instigam o observador a pensar sobre questões contemporâneas como consumismo, identidade e meio ambiente”.

Paulo Ito

O artista plástico Paulo Ito ficou muito conhecido nesses tempos. Nascido em 1978 em São Paulo e formado em artes plásticas pela Unicamp, teve um de seus grafittis transformados em um viral da Internet: um garoto chorando com apenas uma bola de futebol no prato. Mas não foi apenas neste trabalho que Paulo falou sobre questões sociais. Em diversos murais e outras obras de sua carreira fica bastante explícita a crítica social em relação a diversos assuntos.