04/03/2011

Claro que neste fim de semana o Brasil todo esta com a programação cheia! Separamos um pouquinho de tudo, tanto pra quem curte, quanto pra quem quer evitar a folia!

SÃO PAULO

Escolas de Samba

Pra quem curte assistir aos desfiles, confira a programação das escolas de São Paulo:

04 de março
23h15 – Unidos do Peruche
0h10 – Tom Maior
1h05 – Acadêmicos do Tucuruvi
2h00 – Rosas de Ouro
2h55 – Mancha Verde
3h50 – Vai-vai
4h45 – Pérola Negra

05 de março
22h30 – Nenê de Vila Matilde
23h25 – Águia de Ouro
0h20 – Mocidade Alegre
1h15 – Unidos de Vila Maria
2h10 – X-9 Paulistana
3h05 – Gaviões da Fiel
4h10 – Império da Casa Verde

Zoológico

Parece estranho, mas nem todo mundo de São Paulo sabe ou conhece o zoológico da cidade. Que tal aproveitar que foi todo mundo viajar e curtir um passeio mais tranquilo? Você inclusive pode votar no nome do novo filhote de girafa do parque.

Gloria

Ok, você queria distância do carnaval, mas passeio no zoo foi demais pra você? Que tal curtir as noites no Gloria? A balada está com uma programação especial para este feriado. Confira no site.

Exposições

Ordem e Progresso – MAM

As mudanças do Brasil desde o pós-guerra são apresentadas através da visão de artistas nesta exposição. A curadoria é de Felipe Chaimovich, e traz cerca de 80 obras do acervo do museu.

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“Relicário” – Vik Muniz – Instituto Tomie Ohtake

Inaugurada na terça-feira (1), a exposição traz obras do artista tema do documentário “Lixo Extraordinário”, indicado ao Oscar neste ano. A mostra reúne 30 peças produzidas entre 1988 (ano de sua primeira exposição individual) e 2010.

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Próximo Olhar – CAP Gallery

E claro, aproveitem pra dar uma passadinha na Cavalera Art Projects, para conferir a exposição Próximo Olhar, com obras de diversos artistas contemporâneos.

RIO DE JANEIRO

O Rio, claro, vai estar fervendo por causa do carnaval. Confira os horários dos desfiles:

06 de março
21h – São Clemente
22h05 – Imperatriz Leopoldinense
23h10 – Portela
0h15 – Unidos da Tijuca
01h20 – Vila Isabel
02h25 – Mangueira

07 de março
21h – União da Ilha
22h05 – Salgueiro
23h10 – Mocidade
0h15 – Grande Rio
01h20 – Porto da Pedra
02h25 – Beija-Flor

Rio Music Conference

Desde quarta-feira até o dia 8 de março, a cidade recebe a terceira edição do Rio Music Conference, na Marina da Glória. Fatboy Slim, Booka Shade, Axwell, Trentemoller, Bob Sinclar, Kaskade, Ask 2 Quit, Dubfire e Armin Van Buuren são os principais nomes do evento.

RECIFE

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O Pólo Multicultural preparou uma programação bem legal para o feriado. Destaque para o sábado, dia 05 de março!
21h – Orquestra Popular do Recife
22h30 – Otto e Lirinha
0h00 – Lenine
2h – Vanessa da Mata

CINEMA

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O cinema está cheio de ótimas opções! Vale conferir os ganhadores do Oscar, Cisne Negro e Discurso do Rei. Quem já colocou os filmes em dia, pode ver a estreia de Lope, que narra a juventude do dramaturgo espanhol Lope de Vega, ou Esposa de Mentirinha, nova comédia romântica de Jennifer Aniston e Adam Sandler.

28/02/2011

Continuando nossa série de entrevistas com os artistas da Próximo Olhar – exposição atual da CAP (Cavalera Art Projects), hoje é a vez de Monica Rizzolli.

A artista nasceu em São Carlos e teve contato com a arte desde criança. Sobrinha e bisneta de pintores, passava dias brincando com os apetrechos do avô. Na adolescência começou a copiar seus personagens preferidos de histórias em quadrinhos e, em seguida, apaixonou-se pela gravura.

O quadro que está exposto na CAP faz parte de uma série sobre as etapas da vida das crianças. Pode nos contar um pouco mais sobre esta série?

O desenho “Superação”, exposto na mostra Próximo Olhar da CAP, é parte de uma série de 10 desenhos chamada “Amigos Imaginários”. Nos desenhos dessa série, crianças são representadas interagindo com seus amigos imaginários em forma de animais.

Através dessa relação com os “animais” a criança aprende conceitos abstratos, projeta medos e até mesmo encontra companhia para sua solidão. Esses diferentes tipos de relações são exploradas em cada desenho da série.

No caso do desenho “Superação”, a criança aponta em uma direção e o macaco olha para outra. Como se um uma encruzilhada cada um escolhesse um caminho diferente. Nesse desenho eu queria explorar o momento em que a criança vence a necessidade de um amigo imaginário, um momento de despedida e superação.

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E porque você resolveu explorar este tema?

Foi quase um acaso. Eu fiz um sketch de uma criança com um cachorrinho e ele ficou meses afixado na mesa. Eu olhava todos os dias para ele sem saber o que fazer.

Numa manhã eu acordei e meio sonolenta imaginei a criança chamando o cachorro de muito longe, e todo mundo sabe que os cachorros escutam a voz de seu dono a distâncias que ninguém mais poderia, era como se só ele pudesse vir ao seu encontro. Assim surgiu o primeiro desenho da série, chamado “Amplificação”.

Quais foram suas maiores referências para elaborar esta série?

Minhas memórias de infância, textos de psicologia infantil, livros sobre a fauna e, principalmente, os relatos da minha mãe.

Nas suas obras você sempre explora as relações humanas. O tema é realmente alvo da curiosidade de vários artistas, mas porque você resolveu seguir esta linha? O que mais te atrai neste tema? Você já realizou trabalhos sobre outros temas? Tem vontade?

O que é ser humano? Essa pergunta simples é fonte de muita inquietação. É também uma pergunta inesgotável da qual derivam infinitas possibilidades temáticas. É ela que me incita a olhar para as relações humanas, ou seja, para nós mesmos.

Mas em uma pintura existe algo além desse tema, no caso, o tema das relações humanas. A pintura também fala sobre si mesma, sobre a história da pintura, da cor e das formas. Toda pintura também é autoreferencial, sendo tema de si mesma.

Em uma entrevista, você diz que comprou um caderno chinês, onde se escreve da direita para a esquerda, o que te impede de ler enquanto escreve e permite que você libere mais seus pensamentos. A experiência deu certo? Como essa técnica se refletiu nos seus novos trabalhos?

Deu muito certo! Pela primeira vez eu consegui escrever sem medo e sem autocrítica.

Isso refletiu de duas formas no meu trabalho: por ser um exercício de espontaneidade me ajudou a ter mais naturalidade nos processos de criação; e por exercitar a orientação de leitura da direita para esquerda (contrária a nossa orientação ocidental) me ajudou a criar composições com o mesmo padrão formal.

Qual é o papel da música quando você está trabalhando? Quais artistas você mais gosta de ouvir nestas horas?

Pintar, desenhar e pesquisar são atividades muito solitárias, a música traz um conforto e dá ritmo para o trabalho. Muitas vezes a música também é referência, fonte de informação e nesses casos influência para o trabalho.

O que eu escuto varia de tempos em tempos, atualmente estou ouvindo Florence and The Machine, Alva Noto & Blixa Bargeld e Daft Punk (Tron Legacy).

Recentemente você saiu dos desenhos para a pintura. Na obra exposta na galeria, podemos notar uma mistura de estilos. Você pretende continuar nesta linha?

A série “Amigos Imaginários” foi uma série de transição, nela as composições misturam pintura e desenho. Aos poucos os elementos do desenho foram diminuindo até que no último trabalho da série, Superação, os elementos da pintura são predominantes.

Depois dessa série eu mergulhei de vez na pintura, meio que estou explorando atualmente.

Quais são seus materiais preferidos para trabalhar?

Gouache e nanquim sobre papel ou acrílica e vinílica sobre tela.

Quais são seus artistas preferidos? E suas maiores influencias?

Eu não saberia pontuar meus artistas preferidos mas algumas referências importantes para o meu trabalho são: os textos de Kandinsky, a pesquisa de Arnhein e Mandelbrot, a simbologia dos padrões islâmicos, as teorias da Bauhause e Josef Albers, os naturalistas do séc. XIX.

O seu trabalho influencia seu modo de se vestir?

Muito e de várias formas. Eu tenho a tendência de olhar para a roupa como eu olho para a pintura: uma composição de cores e formas.

Mas o contrário também é verdadeiro, muitas vezes são as roupas que influenciam o meu trabalho. Um vestido europeu do século XV, por exemplo, é repleto de padões, estruturas e sobreposições que podem ser uma ótima fonte de inspiração.

Eu também sou fascinada por padronagens e sempre estou pesquisando e fotografando tecidos e pretendo criar em breve minha própria estampa.

Acesse o site da artista

Exposição Próximo Olhar

Cap – Cavalera Art Projects
10 de fevereiro a 31 de março de 2011
Alameda Lorena, 1922 (São Paulo)
Informações: (11) 3061-2356

21/02/2011

Anderson Resende é um dos treze artistas que fazem parte da exposição Próximo Olhar, na CAP – Cavalera Art Projects.

O desenhista trabalha com diversas técnicas, como pintura, escultura e animação 2D, muitas vezes utilizando materiais inusitados durante o processo.

O artista trabalhou, no começo dos anos 1990, como assistente de animação nos estúdios Daniel Messias, onde conheceu técnicas experimentais de todo o mundo. Com o aprendizado, desenvolveu técnicas e estilo próprios.

Nós aproveitamos a exposição na CAP para entrevistá-lo para o blog. Confira:

anderson_nankin_carneiro_150Carneiro feito em nankin

Dá pra ver que você trabalha com um monte de materiais e técnicas diferentes. Porque você optou por variar tanto, ao invés de seguir uma única linha neste sentido? Você se sente mais confortável trabalhando com algum tipo de material específico?

Particularmente, acho fantástico desenvolver as coisas de várias maneiras. Eu não suportaria trabalhar com a mesma técnica a vida toda, se eu posso manifestar-me de diversos modos. Sempre fui instigado a desenvolver autenticidade e a ter um estilo próprio. Tem muita gente que confunde técnica com estilo, ainda mais nos dias de hoje onde quase tudo é uniformizado. Se vc tem um estilo, desenvolve o trabalho da maneira que quiser, não importa o suporte ou a técnica; o que importa é a originalidade, e é isso que busco em meu trabalho.

Em relação ao material, se eu tiver papel e muito lápis 9B, já estou à vontade o bastante.

Qual foi o material mais inusitado que você já utilizou num trabalho?

Provavelmente limão e fogo.

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Você tem alguma preocupação na hora de se vestir?

Não gosto de ser um outdoor ambulante, usando logomarcas gigantes.

Você costuma ouvir música quando está trabalhando? Quais são seus CDs preferidos?

Sim! Quanto a CDS, não tenho mais meus preferidos, cada vez estou mais eclético em relação à música. Existe muita coisa boa na musica que não tem como resumir o meu gosto a alguns CDS.

Quais são seus próximos projetos?

Tenho uma exposição na CAP, provavelmente ainda este ano. O curta “Frenesi”, um trabalho animado inteiro a mão e desenhado, animado e dirigido por mim, usando as mais insanas técnicas da animação experimental. A Cavalera e a 3 em 1 trabalham juntas neste projeto. Por enquanto é isso!

Sempre terei grande prazer de falar do meu trabalho, por mim falaria muito mais! Agradeço a paciência de todos vocês, muito obrigado!

Veja mais do trabalho deste artista em seu Flickr

Exposição Próximo Olhar
Cap – Cavalera Art Projects
10 de fevereiro a 31 de março de 2011
Alameda Lorena, 1922 (São Paulo)
Informações: (11) 3061-2356