16/04/2015

Esta edição do SPFW foi especial para a Cavalera por diversos motivos. Porque, em 2015, a marca e o evento celebram 20 anos de existência. Porque, depois de muita expectativa, finalmente revelamos, nesta segunda-feira (13), as surpresas da coleção Verão 2016. E porque, como todo mundo sabe, ninguém conta histórias como a Cavalera.

A história desta temporada começou no início do ano, quando nosso diretor criativo Alberto Hiar visitou os índios Yawanamás. Esta tribo secular, enraizada no oeste do Acre, no meio da Floresta Amazônica, inspirou a nossa equipe com seus rituais e suas tradições. Meses depois, foi a vez dos Yawanamás retribuírem a visita.

Desfile / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Usando a própria voz como trilha sonora, a tribo recebeu a nova coleção em um desfile a céu aberto. A Cacique Mariazinha, líder espiritual dos Yawanawás, conduziu a cerimônia. Sentados em círculo, os convidados foram imersos no ritual de paz, enquanto os modelos adentravam esta passarela inusitada e desfilavam pela grama. Depois de completar a volta pela arena, eles se juntavam, um a um, aos Yawanawás, fortalecendo as energias do ritual.

Uma das referências mais marcantes foi o Kene, pintura corporal feita pelos índios, que dá nome à coleção. Mais do que um elemento da cultura indígena, o Kene é um símbolo do misticismo e da espiritualidade da tribo, que serviram de tema para a criação e inspiraram a Cavalera a continuar renovando as energias no mundo da moda.

Backstage / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Backstage / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

O conceito ganhou vida através de cores vivas e estampas étnico-tribais, com colaboração do ilustrador Albino Papa. Os desenhos indígenas foram bordados à mão. As formas geométricas remetem às lanças dos guerreiros. O tule de seda e as transparências se inspiram nos mosqueteiros que os índios usam para dormir. O animal print, com detalhes de borboletas, onça, formigas e andorinhas, convida a uma interação com a natureza.

Desfile / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Na coleção feminina, esses elementos se refletem em visuais delicados e cheios de atitude. Inspiradas por Mariazinha, uma das poucas caciques do sexo feminino, a mulher da Cavalera projeta boas energias e renova sua força e sensualidade.

Desfile / CAVALERA / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / CAVALERA / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / CAVALERA / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / CAVALERA / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

No masculino, a marca aposta em um safari utilitário, com bolsos e tons neutros. As cores, mais voltadas ao cáqui, branco e preto, evocam a tranquilidade e espiritualidade do Verão 2016.

Desfile / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / CAVALERA / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Desfile / CAVALERA / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Dessa combinação inusitada de ritual e desfile, a Cavalera apresentou um espetáculo incomparável e foi, mais uma vez, o grande destaque do dia no SPFW. Neste clima de celebração, vamos saudar, no melhor estilo Yawanamá, todo mundo que contribuiu para a Cavalera chegar aos 20 anos com energia renovada!

Encerramento / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

Encerramento / Cavalera / SPFW: Verão 2016 (Foto: FFW)

E que venha o Verão!

15/04/2015

Moda feita a mão : bordados complicados, perucas quilométricas, chapéus enlouquecidos, jóias faraônicas. Não, nunquinha mesmo máquina nenhuma vai conseguir fazer isso. A magia está na mão !! Clique ENJOY e…« sinta » isso !

 

09/04/2015
Marina Abramovic: The House With The Ocean View

Marina Abramovic – The House With The Ocean View (2002): a rotina e seus pequenos hábitos se tornam importantes rituais.

Todo mundo tem o seu jeito de fazer o que gosta, todo mundo tem aquilo do qual não abre mão: os cinco minutos sentado na cama antes de acordar, o café de manhã no balcão da padaria, os fones de ouvido no ônibus com aquela seleção esperta para começar o dia, a mesa de trabalho com todos badulaques e bibelôs organizados, o happy hour na sexta-feira depois do trabalho para inaugurar o final de semana. Tudo tem que estar no seu devido lugar, feito como se deve para o dia acontecer normalmente. São nossos rituais.

E eles são tão únicos quanto sagrados. Porque tornam nossa vida melhor, tornam tudo em volta significativo e nos fazem acreditar que tudo pode dar certo. São nossas crenças, nossos amuletos e talismãs, nossos patuás, nossa consciência de que há um mundo muito maior que nós.

Isso vem de muito tempo. Quando nosso diretor criativo Alberto Hiar e sua equipe criativa estiveram com os Yawanawás no começo deste ano, eles puderam perceber de perto o quão isso faz parte da vida das pessoas. Os rituais não só fazem parte da cultura indígena, mas são importantes instrumentos sociopolíticos – com outros grupos e entre eles.

Alberto Hiar na Aldeia Mutum, da etnia Yawanawá, no Acre

Alberto Hiar na Aldeia Mutum, da etnia Yawanawá, no Acre

Alberto Hiar na Aldeia Mutum, da etnia Yawanawá, no Acre

Alberto Hiar na Aldeia Mutum, da etnia Yawanawá, no Acre

Alberto Hiar na Aldeia Mutum, da etnia Yawanawá, no Acre

Alberto Hiar na Aldeia Mutum, da etnia Yawanawá, no Acre

Mas sabe o mais bacana de tudo isso? É saber que não há muita diferença entre essa tribo que vive ao oeste do Acre e nós. Porque rituais são sobre nós mesmos, são sobre a maneira que nos relacionamos com tudo lá fora. Todo mundo tem o seu.

E agora queremos saber: o que você faz para começar o dia, ou para se conectar com os seus amigos ou mesmo com a natureza? Qual o seu ritual, o seu momento tão seu, pessoal e intransferível? Publique uma foto no Instagram usando a hashtag #MeuRitual. As fotos apareceram durante essa semana nas nossas redes sociais. Vai lá, galera, participe!

04/04/2015

Björk é mais do que um ícone pop. Mesmo porque, talvez, “pop” não seja suficiente para englobar o essa cantora islandesa, que influenciou e permeou o trabalho de tantos artistas, designers e videomakers de sua geração. Mas agora já é possível, ao menos, tentar perceber a dimensão dessa obra em uma retrospectiva inédita no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa).   

Retrospectiva Björk no MoMa

Retrospectiva Björk no MoMa

O que começou com a banda The Sugarcubes, ganhou finalmente destaque nos anos 90, após o lançamento do seu primeiro álbum, Debut (1993). Depois disso foram mais sete álbuns de estúdio, duas trilhas sonoras, um prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes pelo filme “Dançando no Escuro” (2000), um Polar Prize Music Award – considerado o “Prêmio Nobel da Música” – e uma infindável lista de colaborações e contribuições para o desenvolvimento do cinema, artes plásticas e moda.

Agora, em 2015, após o lançamento do seu último disco, Vunilcura (2015) e mais de 20 anos de carreira, Björk inaugura em um dos maiores museus de arte moderna do mundo uma exposição interativa com a empresa de design 3D Autodesk, com espaços dedicados a cada álbum da cantora e uma experiência sensorial completa ao longo do passeio, que passa por instrumentos criados especialmente para ela, objetos pessoais e figurinos icônicos – como a roupa de cisne que ela usou no Oscar em 2001.

Retrospectiva Björk no MoMa

Retrospectiva Björk no MoMa

Veja o vídeo da canção “Black Lake” e música-tema da exposição MoMa: Björk, que segue em exibição até Junho. Confira: