19/05/2011

Arte urbana é todo tipo de manifestação artística desenvolvida no espaço público – e é bem diferente do mero vandalismo. Também conhecida como street art, a modalidade pode ser encontrada em diversos muros, paredes e até mesmo calçadas pelo mundo afora, especialmente nas grandes cidades.

Se você curte a urbanografia, não deixe de visitar o Unurth. O site reúne uma seleção incrível de artistas de todo o planeta. A compilação de intervenções é enorme, e os filtros de pesquisa te ajudam a encontrar muito mais daquilo que você mais acha bacana!

Separamos algumas das artes realizadas no Brasil, confira:

Raul Zito, São Paulo

Herbert Baglione, São Paulo

Lelo + Piá, Rio de Janeiro

Binho Martins + Rodrigo Obranco, Brasília

Alto Contraste, Fortaleza

 

12/05/2011

A dupla de artistas e designers Angelo Bramanti e Giuseppe Siracusa, autointitulada como L017, diz que prefere usar materiais usados e objetos reciclados como matéria-prima de suas obras. E, acreditem, o que eles conseguem fazer com tudo isso é lindíssimo!

Com muita criatividade e elementos inusitados, a dupla cria objetos incríveis, em uma linguagem “pop art”, e defende o uso de qualquer mídia e forma de arte na procura por novas formas e layouts. É como a moda da Cavalera: sem regras!

Confira algumas obras da L017:

A gente descobriu a dupla aqui no Acidollate! [HIPERLINK: http://acidolatte.blogspot.com/]

E para conhecer mais obras da L017, acesse o site http://www.l017.org/.

06/04/2011

Nesta quinta-feira (7) a CAP (Cavalera Art Projects) inicia uma nova exposição. “Fantasia” reúne trabalhos de Anderson Resende, que também participou da exposição coletiva da CAP, “Próximo Olhar”.

O coquetel de abertura será dia 7 de abril das 18h às 22h e é aberto a todos que quiserem prestigiar esta nova exposição!

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O desenhista e pintor expõe trabalhos das séries “Fantasia” e “Felizes”, em sua primeira exibição individual.

A exposição reúne desenhos e objetos da série “Fantasia”, que retrata um universo habitado por seres fantásticos. A série “Felizes” são desenhos em grandes dimensões sobre o envelhecimento do ser humano.

Originalmente criada em 2008 para a 111 Minna Gallery, em São Francisco – EUA, recebeu uma nova roupagem especialmente para a apresentação na Cavalera Art Projects.

Fantasia – Anderson Resende

De 07 de Abril à 31 de Maio de 2011

Abertura: 07 de Abril a partir das 18:00 hr.

Local: Cavalera Art Projects

Al. Lorena 1922, Jardins, São Paulo

www.capgallery.com

De terça à sábado, das 12h às 19h

Entrada franca

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Sobre a exposição

As obras apresentadas transitam entre objeto, escultura e instalação, criando um universo lúdico e particular. Retratos de homens e animais de linhas pretas sobre superfícies brancas, persuadem nossa imaginação perguntando por que precisamos sonhar.

Inspirado por cenas do cotidiano e experiências de vida, Anderson Resende nos convida a refletir sobre aquilo que fantasiamos e almejamos. criando imagens que residem apenas em sonhos e delírios, que nos faz pensar o que é ideal para a existência em um mundo irreal.

Criada originalmente em 2008 para exibição na 111 Minna Gallery, em São Francisco, EUA, a série de desenhos intitulada “Felizes” completa a exposição, apresentando uma nova roupagem. No texto a seguir, o fotógrafo e pintor Alexandre Orion descreve a série:

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“ Com rara qualidade técnica e extrema energia em seu desenho, Anderson Resende retrata corpos que carregam as marcas da vida. Seus desenhos são como gravuras. O artista escava o papel com a mesma precisão e força de um gravador.

Sem esboço e sem rascunho, cada desenho é único. A sobreposição de traços gestuais feitos à nanquim criam marcas tão definitivas quanto a escrita do tempo que envelhece o corpo. Cada linha traçada pelo artista conta uma história que se torna uma ruga deixada na pele do papel. Resende retrata o exterior, mas nos mostra o que há por dentro.

O artista desenha o “envelhecido” para tratar da “experiência”; a “morte” para tratar da “imaterialidade”; desenha o “corpo” para falar do “espírito”. O impacto de suas obras não está no tema, mas no sentido, tão profundo quanto os olhos das figuras que retrata. Figuras que nos mostram imagens vividas que carregam a idade da alma. Felizes porque sorriram e choraram. Felizes os que não temem a morte.”

Sobre o Artista_

Anderson Resende – 1973 • BR • vive e trabalha em SP
www.flickr.com/photos/insoluvel

Anderson Resende é um exímio desenhista que transita entre a pintura, escultura e animação 2D, utilizando materiais nada convencionais para realizar suas obras. Isso se deu no começo dos anos 90, quando começou a trabalhar como assistente de animação nos estúdios Daniel Messias, na época, um dos mais conceituados da América Latina. Lá teve oportunidade de conhecer técnicas experimentais de animação utilizadas e criadas em outras partes do mundo. Essa bagagem o levou a explorar o universo de outras vertentes da arte e, com o passar do tempo, desenvolveu técnica e estilo próprio, que hoje são reconhecidos e premiados em festivais de propaganda e entretenimento. Hoje, em suas pinturas, desenhos e animações, utiliza materiais como cloro, cera de abelha, suco de limão e fogo, aplicando nos mais variados suportes que vão do papel à madeira, criando aspectos inconfundíveis em seu trabalho.


31/03/2011

Hoje é o último dia da exposição “Próximo Olhar”, na CAP.

Para fechar, entrevistamos um dos artistas que faz parte da mostra, Mauricio Adinolfi. Confira!

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Apesar de desde jovem você já apresentar uma inclinação para artes, você resolveu estudar filosofia. Porque?

Instinto!!  Poesia e  pulsão  me levaram para a filosofia. A reflexão sobre o mundo, sobre “ser” sempre acompanharam as descobertas que fazia das coisas; e as experiências no litoral santista, a Serra do Mar, o vento, a água, o porto, tudo foi se tornando parte do ser.  Essa filosofia primeira, não teórica, do sentido de estar no mundo fundou meu interesse.  Filosofia também sempre foi minha leitura predileta, portanto… continuei.

Como você acha que este curso influenciou no seu trabalho?

Falando estritamente do curso acadêmico: Primeiro negativamente, pois foi um embate entre a sistematização que a Filosofia propõe ao pensamento, versus meu pensamento anárquico e poético do mundo, pensamento este que – comigo – sempre foi primitivo e selvagem , e muito ligado ao corpo.

Posteriormente isto se tornou positivo, afirmativo. Pois, descobrir outros filósofos, principalmente a fenomenologia,  me permitiu contrapor sistemas filosóficos; já que inicialmente meu aprendizado foi muito cartesiano e kantiano. E também por começar a reconhecer o valor de uma estrutura de pensamento e a presença do racionalismo.

Falando propriamente do trabalho plástico (em pintura), esta questão estrutural do ser se tornou uma  preocupação do trabalho; que ele exista com uma forte estrutura interna e externa. Como uma coisa só! Nas questões de fatura, densidade, consistência, composição, motivo, enfim, nos elementos próprios da pintura, tudo se estrutura e organiza com base na correlação com minha pesquisa e estudo da pulsão, instinto, animalidade, e na relação homem / natureza.

Você chegou a trabalhar dando aulas de desenho e pintura na FEBEM. Como foi esta experiência?

Forte. Uma relação complexa pois envolvia liberdade e prisão em todos os sentidos.

A possibilidade de levar informação, discutir, e se comunicar pela arte era muito proveitosa e permitia que um instante de reflexão, fraternidade e debate se instaurasse dentro do encarceramento.  Onde estava presente a violência, a ignorância, a dureza institucional, a ingenuidade e a crueldade.

Junte tudo isso com adolescência, muitas dúvidas e curiosidades, fome, inteligência, malandragem, sujeira, emoção, apreensão, funcionários públicos, mães, morte, libertação, e teríamos uma conversa de horas. Fui também professor de Filosofia e Conhecimento geral dentro da FEBEM, portanto, abordávamos vários assuntos!

Você sempre trabalha muito a relação entre arte e sociedade. Qual você acha que é o papel da arte nas cidades?

A cidade, como órgão vivo, pede essa relação. Acredito que ela seja necessária e natural. Gosto desse dialogo com outras áreas; com a arquitetura, a engenharia, o urbanismo…  E, pensando que quase sempre as cidades crescem sem planejamento aqui no Brasil, a todo instante estamos sendo desafiados a viver e agir em cima dessa situação.

Você tem intenção de levar o projeto “Cores no Dique” a outras cidades?

Já levei (como para o Pará, Pernambuco, etc.) e continuo com outros projetos, porém cada lugar tem suas particularidades e o projeto toma outras direções. Tudo é sempre fruto de diálogos, da construção de relações, da investigação das dificuldades e da vontade de alargar possibilidades. O Cores no Dique em Santos continua, e devemos começar um outro trabalho em Vicente de Carvalho.

cores

Saiba mais sobre o artista em seu blog.

Cap – Cavalera Art Projects
10 de fevereiro a 31 de março de 2011
Alameda Lorena, 1922 (São Paulo)
Informações: (11) 3061-2356

Fiquem atentos que em breve divulgaremos a próxima exposição da CAP!