28/03/2011

A desenhista e designer Thais Ueda formou-se em propaganda e marketing e em desenho industrial. Após trabalhar para agências de publicidade durante 10 anos, a artista viajou para o Japão para estudar design gráfico. A partir de então, Thais Ueda começou oficialmente seu trabalho artístico, e já participou de diversas mostras por todo o país.

Agora, ela faz parte da exposição “Próximo Olhar”, da CAP. Conheça um pouco mais sobre seu trabalho:

proximo-olhar_cavalera_11022011_fmelgarejo_035

Seu trabalho é focado especialmente em retratos de mulheres. De onde surgiu a vontade de trabalhar este assunto?

Quando pensei sobre o que gostaria de trabalhar, escolhi algo que – aparentemente – eu conhecia de melhor: a mulher. Decidi sem intenção de levantar uma bandeira ou questões de igualdade dos sexos. Acho que cada artista escolhe o que lhe é mais familiar em seu universo ou algo que se identifique para transmitir suas emoções, sentimentos, medos…

Você tem vontade ou já trabalhou outros temas?

Já trabalhei desenhando gatos e insetos. Insetos são bichos que me fascinam e ao mesmo tempo me enchem de pavor. Também estou planejando iniciar uma série inspirada em dança, em especial, a de butô (dança japonesa).

Porque você escolheu o nome artístico Hana*bi?

Quando comecei a estudar japonês, o que mais me encantava era o estudo dos ideogramas. Em poucos símbolos, existiam muitos significados. Hana*bi é a junção dos ideogramas de flor e o de fogo, que juntos, significam fogos de artificio. Acho os fogos de articificios algo lindo de se ver, são luzes que hipnotizam, e duram tão pouco… Hana*bi é um nome que fala um pouco sobre o etéreo, sobre a fragilidade e beleza e ao mesmo tempo existe a agressividade e destruição do fogo.

Você utiliza diversas técnicas, como o crochê e a pintura. Tem alguma preferida? Como aprendeu o crochê?

Gosto de muitas coisas e foi dificil escolher em quais eu queria me aprofundar.
O crochê aprendi por acaso; nunca tive mão boa para costura ou trabalhos manuais que envolvessem números (contagem de pontos, medidas, etc). Uma amiga que conheci virtualmente me ensinou crochê de um modo diferente e acho que por isso que consegui aprender. Já a pintura, desenho desde pequena, e alguns anos atrás também tive influência do shodô (caligrafia japonesa) no pincel.

thais
Quais são suas maiores influências na hora de criar?

O que me influencia na hora de criar é o que estou sentindo. Sempre me pergunto: “o que estou sentindo hoje?” ou “sobre o que eu quero falar?”. Esse é o meu ponto de partida.

Você desenvolveu um trabalho em parceria com seu marido. Quais são as maiores dificuldades e benefícios de se trabalhar com outro artista tão intimo?

A vantagem é que conseguimos viver do que gostamos 24 horas por dia, ele entende minha rotina, minhas dificuldades e eu entendo o lado dele. Decidimos separar bem as coisas na questão do trabalho, cada um tem o seu atelier, seus livros, é importante manter a individualidade de cada um … No mais, acho que todo casal tem seus desentendimentos, brigas…

Você costuma trabalhar ouvindo música? Quais são seus músicos preferidos?

Não consigo escutar música enquanto eu desenho, porque é como se eu entrasse num transe, entre eu e o desenho. Gosto de estar atenta ao que o desenho tem a me “dizer” – apesar de fazer anotações e esboços, existe muito do acaso quando estou no processo de criação. Desenho no silêncio.
Quando faço alguma pesquisa, aí sim consigo estar mais relaxada e escutar uma música… aí vai desde rock até música brasileira.

Confira mais sobre a artista em seu site.

As obras de Thais Ueda ficam em exposição na CAP Gallery (Cavalera Art Projects) até 31 de março.

Cap – Cavalera Art Projects
10 de fevereiro a 31 de março de 2011
Alameda Lorena, 1922 (São Paulo)
Informações: (11) 3061-2356

25/03/2011

EXPOSIÇÃO

Chiara Banfi – Rio de Janeiro

A artista paulista adotou a cidade maravilhosa como lar e começa nesta semana sua primeira mostra individual na cidade, na Galeria Silvia Cintra + Box 4. A exposição “O Papel do Jardim” reúne dez obras em papel.

chiaraSem Título, 2010

O Papel do Jardim
Galeria Silvia Cintra + Box 4 – Rua das Acácias, 104, Gávea – Rio de Janeiro (RJ).
www.silviacintra.com.br

Próximo Olhar – São Paulo

Não deixem de aproveitar a última semana da exposição Próximo Olhar, na CAP Gallery.São 13 participantes: Anderson Resende, Becky Yee,  Bruno Kurru, Claudio Ethos , Choque Photos, Flávio Samelo, Kristen Uhrich,  Maurício Adinolfi, Monica Rizzolli, Seitaro Kuroda, Sidney Amaral, Thais Ueda e Tifenn Python.
A exposição vai até o dia 31 de março.

proximo-olhar_cavalera_11022011_fmelgarejo_011

Cap – Cavalera Art Projects
10 de fevereiro a 31 de março de 2011
Alameda Lorena, 1922 (São Paulo)
Informações: (11) 3061-2356

SHOWS

Iron Maiden e Cavalera Conspiracy

No dia 26 de março (sábado), a banda dos irmãos Iggor e Max Cavalera toca no mesmo palco que os ingleses do Iron Maiden no estádio do Morumbi. A turnê segue até abril, passando por diversas cidades brasileiras. Confira:

cavaleraconspiracy

São Paulo
26 de março (sábado), às 21h30
Estádio do Morumbi

Rio de Janeiro
27 de março (domingo)
HSBC Arena

Brasília
30 de março (quarta)
Estacionamento do Ginásio Nilson Nelson

Belém
1 de abril (sexta-feira)
Parque de Exposições

Recife
03 de abril de 2011 (domingo)
Estacionamento do Centro de Convenções

Curitiba
05 de abril de 2011 (terça-feira)
Estacionamento do Expotrade

TEATRO

Inverno da Luz Vermelha – Rio de Janeiro

inverno

Após ótima temporada em São Paulo, “Inverno da Luz Vermelha” estreou no Rio de Janeiro no dia 18. Estrelada por Marjorie Estiano, André Frateschi e Rafael Primot, a peça conta a história de dois amigos que resolvem se divertir com uma prostituta em Amsterdã, na Holanda. Mas o que seria só uma noite de luxúria causa um grande conflito emocional em todos os personagens.

Teatro Glaucio Gill
Praça Cardeal Arcoverde s/n – Copacabana
Sextas e sábados às 21h e domingos às 18h
Ingressos: R$ 30,00
Informações: (21) 2547-7003

21/03/2011

O artista entrevistado desta semana é o fotógrafo Flavio Samelo. Desde 1992 ele anda de skate e fotografa o esporte. No começo de sua carreira, chamou atenção ao acrescentar elementos urbanos, como graffitis, pixações e postes, às imagens dos skatistas. Agora, ele trabalha na mistura entre fotografia e pintura concreta.

Você começou sua carreira fotografando skatistas e grafiteiros. Pode nos contar um pouco sobre essa experiência?

Eu andava de skate no Zona Norte Skatepark direto, com vários skatistas que hoje são super conhecidos, como o Bob Burnquist, Marcus Kamau, Robson Reco, James Bambam e tantos outros. Eu não andava bem como eles, e para continuar andando com meus amigos, sem me sentir constrangido ou desmotivado pela diferença técnica no skate, inventei que era fotógrafo e comecei a me dedicar a isso. Vários dos skatistas faziam graffiti e pixação. Fui aprendendo um pouco dessas outras culturas e agregando aos poucos ao que eu fazia com skate.

5423758213_5e377b8f5b_b

Qual é a importância das intervenções artísticas no espaço urbano?

Acho que a arte em geral tem a função de contestar, questionar, colorir e chamar a atenção de alguma forma. Em São Paulo, que é uma cidade pesada, agressiva e super agitada, a arte que é feita na rua mostra pontos de vistas diferentes de uma realidade de massa, que muitas vezes não é percebida pela grande maioria, até que algum desses artistas mostra isso de outra maneira.

Como foi a experiência de desenvolver um tênis exclusivo para uma marca esportiva ? Qual foi o maior desafio?

Foi uma experiência muito prazerosa e sem dúvida desafiadora em função do suporte calçado. Sem a ajuda do Fabrício da Costa (designer) e a Ingrid Abdo (Nike), nada ia acontecer. Eles tinham todo o conhecimento técnico do calçado, e conversando com eles sobre o projeto fui passando idéias minhas sobre o que poderia fazer com um tênis, e o resultado foi satisfatório para todos envolvidos. Até hoje, mesmo após 5 anos do lançamento, e estando esgotado, ainda vejo o tênis no E-bay, na Nova Zelândia e nos Estados Unidos.

Porque você decidiu estudar história da arte? O curso modificou seu modo de trabalhar?

Eu estava sentindo falta de conteúdo nas coisas que estava produzindo na época, e sabia que seria através de outras referências que isso seria resolvido. Busquei essa pós pois gostei das matérias e das aulas. Logo no começo do curso minha cabeça já mudou completamente em relação às coisas que eu via de arte, e até em relação ao meu próprio trabalho. Comecei a me preocupar muito mais com arquitetura e estudos em fotografia oitocentista, por exemplo.

Atualmente, você mistura a fotografia com a pintura. Qual é a importância desta técnica no resultado final? Já fez ou pretende fazer trabalhos somente com pintura?

Tenho feito isso pois foi a maneira que eu resolvi uma problemática na minha produção, que era juntar fotografia e pintura em um trabalho só. Estou pesquisando muito sobre qual tipo de papel devo usar com qual tinta, e outras coisas para tentar tirar o melhor proveito disso. Fiz vários trabalhos só com pintura, tenho feito muitos estudos só com tinta para ver as possibilidades desse material.

flaviosamelo2Obras expostas na CAP

Seu trabalho influencia seu modo de se vestir?

Acho que sim, tudo influencia.. Eu gosto de usar bermudas que tenham uns bolsos secretos quando estou pintando ou fotografando para colocar pincéis ou filmes, e acabo usando essas mesmas bermudas quando não estou fazendo fotos ou pintando.

Você costuma trabalhar ouvindo música? Quais são seus artistas preferidos?

Isso varia muito. Tenho uma coleção de LPs de jazz brasileiro dos anos 50 e 60 que eu levo sempre em mp3 quando vou pintar em algum lugar. Sempre começo com isso na maioria das vezes, mas acabo escutando de tudo: Coltrane, Monk, Brubeck, Jay Z, Hieroglyphics, Nirvana, A Tribe, Luis Prima, Pharcyde, All, Pogo, Mac Rad e ultimamente tenho escutado muito Temper Trap, mas tem muita coisa, meu iTunes tem quase 60.000 músicas, sempre no shuffle!

-

Confira mais sobre o artista em seu site.

As obras de Flavio Samelo ficam em exposição na CAP Gallery (Cavalera Art Projects) até 31 de março.

Cap – Cavalera Art Projects
10 de fevereiro a 31 de março de 2011
Alameda Lorena, 1922 (São Paulo)
Informações: (11) 3061-2356

18/03/2011

BALADA

Nesta sexta-feira, o Clube Glória faz uma festa especial em homenagem à Britney Spears! O traje obrigatório é imitar a popstar! Se você está em São Paulo e é fã da cantora, vale a pena conferir!

flyer

Clube Glória
Rua 13 de maio, 830 – Bela Vista – São Paulo
A partir das 23h – R$ 35,00 (porta), R$ 25,00 (lista no site) ou R$20 (flyer)
www.clubegloria.com.br

-

SHOWS

20110218DI

Ziggy Marley – O filho de Bob Marley volta ao Brasil após cerca de cinco anos. Depois do show do dia 12 em Salvador, ele toca no Rio neste dia 18 de março, na Fundição Progresso.
Rua dos Arcos, 24 – Rio de Janeiro
Informações: (21) 2220-5070

-

Junto com o cantor, a colombiana Shakira se apresenta no sábado em São Paulo. Ela é a atração principal do Pop Music Festival, que traz também a banda Train e o DJ Fatboy Slim.

Estádio do Morumbi
Dia: 19 de março de 2011
Horário do show: a partir de 17 horas

-

Isabella Taviani - Cantora destaque da MPB contemporânea se apresenta no Teatro Rival Petrobras nos dias 17, 18 e 19 de março.
Informações: www.rivalpetrobras.com.br
Rua Álvaro Alvim, 33/37 – Rio de Janeiro.

-

TEATRO

Os Cafajestes – A comédia musical traz os machistas Onório, Estevão, Alencar e Alfredinho, que cantam e dançam, tratando sempre da complicada relação entre homens e mulheres.
Teatro Módulo – Avenida  Professor Magalhães Neto 1177 – Pituba – Salvador (BA)
Sextas e sábados,ás 21h00 e domingos (às 20h)
Informações:  (71) 3354-6654

-

EXPOSIÇÃO

A exposição Próximo Olhar continua em cartaz na CAP – Cavalera Art Projects

Aproveite e saiba um pouquinho mais sobre alguns dos artistas que estão expondo:

Sidney Amaral
Choque Photos
Monica Rizzolli
Anderson Resende

Cap – Cavalera Art Projects
10 de fevereiro a 31 de março de 2011
Alameda Lorena, 1922 (São Paulo)
Informações: (11) 3061-2356