Post categorizado como: Uncategorized - por cavalera @ 01:18
A cidade não para. Nem ninguém. Mas bem verdade é que tudo parece andar no automático. Por isso, quando surge a necessidade de movimento novo, é preciso reconsiderar a relação com o lugar onde se vive. E isso é que é mudar de verdade.
A Cavalera é uma marca nascida e criada em São Paulo. Desde 1995, o streetwear, a música, a moda e arte guiaram a marca por universos diversos, inusitados, mas principalmente transformadores. Suas coleções celebram a cidade, a cultura urbana, a história e a vida das pessoas que pensam e fazem diferente o dia a dia dos grandes centros do Brasil – e hoje não poderia ser diferente.
De carona no conceito do #QueSeMova, uma campanha que incentiva a todos a descobrir, explorar, reinventar o lugar onde moram, trabalham, convivem, é lançada a linha de Bike Club.
Cavalera Bike Club
São peças utilitárias e pensadas na mobilidade de quem tem a bicicleta como meio de transporte, prática esportiva ou lazer. E para testar essa ideia na prática, convidamos quem mais entende do assunto: Danilo Sales e Luiza Peixe.
Praticante do fixed-gear (bicicletas com pinhão fixo, sem marcha ou freio), Salles é um entusiasta do lifestyle do ciclismo urbano, sendo um dos responsáveis por promover eventos especiais nesse segmento, como o Fixolimpíada SP e o #VNT (Vai Na Terça), com o intuito de unir a comunidade para troca de informações e experiências do meio fixed.
Cavalera Bike Club: Danilo Sales
Cavalera Bike Club: Danilo Sales
Para ele, que além das manobras usa também a sua bike fixa como meio de deslocamento, atributos como o jeans impermeável, duplo reforço interno, cós duplo para pendurar cadeado e os refletivos na barra das calças e jaquetas para voltas noturnas fazem toda a diferença.
Cavalera Bike Club: Danilo Sales
Cavalera Bike Club: Danilo Sales
Cavalera Bike Club: Danilo Sales
Aqui e em qualquer lugar. Depois de cruzar Inglaterra, Holanda, República Tcheca e Alemanha de bicicleta, Luiza Peixe – que já foi bike courier (serviços de entrega) e praticamente de bike polo (somando duas participações em campeonatos sul-americanos) – agora se dedica a reafirmar a cultura da bicicleta nas cidades colaborando com o Coletivo CRU.
Cavalera Bike Club: Luiza Peixe
Cavalera Bike Club: Luiza Peixe
Com projetos importantescomo o Gerônimas, que trabalha na pesquisa e desenvolvimento de sistemas capazes de gerar energia elétrica por meio da pedalada das bicicletas, eo CineCruB, que promove sessões de filmes com o tema mobilidade urbana, Peixe testou e aprovou a iniciativa do Bike Club, que chega junto com a necessidade de repensar a ocupação do espaço urbano.
Cavalera Bike Club: Luiza Peixe
Cavalera Bike Club: Luiza Peixe
Cavalera Bike Club: Luiza Peixe
E você, como está olhando para a sua cidade? Mostre suas impressões, revele suas opiniões e descubra novos pontos de vista usando a hashtag #QueSeMova. Está na hora de fazermos a diferença. Vem!
Post categorizado como: Barbearia - por cavalera @ 06:42
Novembro chegou de cara nova.
#MovemberGQ: Barbearia Cavalera + QG Brasil
Mas tudo por uma boa causa. É o chamado Movember. O movimento, que “tirou os bigodes de molho” dos seriados e filmes dos anos 70 e 80, começou em 2003, em Melbourne, Austrália, tendo seu nome formado a partir das palavras “Moustache” (Bigode) e “November” (Novembro).
Movember Foundation
Mas não se engane: a brincadeira está para muito além do trocadilho. Hoje os Mo Bros, como são chamados os homens que aceitaram o desafio de deixar o bigode crescer durante os 30 dias de Novembro, estão presentes em todo o mundo. A ideia é mudar a cara da saúde masculina, divulgando a ação e arrecadando fundos para programas de combate ao câncer de próstata e testículo.
Por aqui, em parceria com Barbearia Cavalera, a redação da GQ Brasil se colocou o desafio de mudar o visual para apoiar a causa. E o resultado incrível está bem debaixo do nariz.
Para saber sobre a ação ou até votar no seu bigode favorito, acesse o site ex.movember.com. Ou você pode também mostrar o seu bigode por aí: publique sua foto com a hashtag #MovemberGQ e marque a @GQBrasil no Instagram. Que tal?
Barbearia Cavalera + GQ Brasil | Movember (Foto: Mari Queiroz)
O jovem fotógrafo, de apenas 25 anos, já é conhecido na cena artística por retratar temas polêmicos, principalmente o mundo da pixação. O artista, inclusive, participou da última Bienal de Arte de São Paulo, onde expôs um conjunto de fotografias e um vídeo de flagrantes deste mundo desconhecido para a maioria das pessoas.
Confira a entrevista que a equipe da Cavalera fez com o artista.
Você já conhecia pichadores? Já pichou também? Qual é exatamente o seu envolvimento neste universo?
A pixação de São Paulo é a maior intervenção urbana do mundo, e não há precedentes na história da humanidade para o que está ocorrendo nesta cidade.
É uma intervenção urbana de atitude e estética muito singulares, e que surgiu fruto da desigualdade social latente desta cidade. A pixação durante os seus 30 anos de existência foi tratada e estudada somente na esfera policial.
Eu, que já reparava na pixação durante minha adolescência, busquei pesquisas acadêmicas sobre o tema, mas nada encontrei de relevante. Portanto, decidi produzir esta pesquisa iconografica sobre a pixação de São Paulo para suprir esta demanda reprimida que existia. Sempre achei inacreditável que algo desta magnitude em termos de abrangência espacial e contexto socio-politico nunca tivesse sido fruto de algum estudo de peso.
O ensaio dos Pixadores em Ação que expus na 29ª Bienal de Artes de São Paulo é somente uma parte desta pesquisa. Há muito mais a ser mostrado, o produto final será um extenso documentário em livro que em um futuro próximo estará disponível nas principais livrarias.
O seu trabalho sempre traz uma grade carga de crítica social. Você acaba sofrendo retaliação devido a estas críticas?
Sofro sim retaliações, algumas verbais, outras físicas e até mesmo jurídicas. Mas nada disso estremece meu espírito. Na verdade, só reforça minha vontade de seguir em frente, pois cada retaliação que sofro é um indicador claro de que meu trabalho é eficaz no que se propõe a fazer.
O que me perturba é o silêncio… e este, eu trabalho focado para nunca escutar.
Acorda o Sonho Acabou – Choque Photos
Na CAP, você expôs um quadro que mostra um homem morto. Você poderia nos contar a história deste retrato? Como foi a experiência de se deparar com um cena tão chocante?
O homem retratado no quadro foi alvejado e depois carbonizado vivo. Este crime ocorreu durante uma semana em que o PCC carbonizou outros 14 indivíduos, muito provavelmente por acerto de dívidas. Fotografei 2 destes 15 para um grande jornal paulistano.
A compreensão do trabalho se dá na relação paradoxal que há entre a terrível cena retratada e a moldura de estilo tradicional burguês, um estilo fruto da arte feudal.
Como a moldura e o vidro estão quebrados e envelhecidos, isto faz com que a fotografia salte ao olhar do expectador, especialmente a parte sem vidro, tornando-a quase palpável e muito mais do que somente um registro de um assassinato. A relação que há entre estes dois elementos – o homem carbonizado e moldura tradicional – nos fala de um modelo de sociedade que já não funciona mais.
É que nós ainda não temos o distanciamento histórico para perceber, mas o neoliberalismo (que para mim é o último degrau do pensamento predatório, aristocrático e capitalista), quebrou com a crise do setor imobiliário nos EUA, a partir do momento que o Governo teve que injetar dinheiro nas instituições privadas para evitar um novo crash. Infelizmente, vivemos em uma era em que a única liberdade respeitada e ferozmente defendida é a liberdade de consumo… O neoliberalismo é a ordem mundial da vez, mas não por muito mais tempo. Felizmente, o homem progressivamente está aprendendo que existem limites. O planeta não é nosso; dividimos espaço com outras formas de vida e termos que respeitar isto.
Da série ENCLAVE: Círculo Vicioso
Como surgiu o seu pseudônimo?
Choque Photos é um pseudonimo escolhido para representar o estilo fotográfico da minha preferência.
Gosto do fotojornalismo, pois é uma fotografia de embate, pode ser utilizado como um instrumento de legítima defesa pessoal ou coletiva. Uma única boa foto pode representar um conceito de mil palavras que pode abalar a vida de alguém positivamente. Meu maior prazer e propósito, e acho que também de todos os artistas, é abalar as “verdades” e “certezas” de uma pessoa através da obra, fazendo com que esta pessoa repense seus conceitos. Não é uma tarefa fácil, alterar o modo como a racionalidade de uma pessoa funciona.
Existe uma fala do Malcom X que explica melhor a escolha por este pseudônimo: “As únicas pessoas que realmente mudaram a história foram as que mudaram o pensamento dos homens a respeito de si mesmos”.
Em outras palavras, as pessoas não mudam certos preconceitos e convicções sem levarem um choque de realidade em suas vidas.
Trabalhando nesta área, qual é a historia mais interessante que você tem pra contar?
Na verdade eu sou bem recente na fotografia, pois estou atuando há somente cinco anos, sendo que quatro deles foram na faculdade de fotografia.
Mas a história mais marcante para mim, sem dúvida alguma, foi o falecimento do pixador “NTICOS Guigo” durante uma filmagem que estávamos fazendo juntos para minha pesquisa fotográfica.
Não há muito o que falar sobre o acontecimento, somente assistir, pois as imagens são infinitamente mais contundentes do que qualquer coisa que eu possa falar.
Este é um audiovisual que fiz em Homenagem ao Guigo, que também expus na 29ª Bienal de Artes de São Paulo, e ele fala principalmente sobre os limites de arte, até onde cada um é capaz de ir para se expressar.
Para mim, atualmente, não há arte mais pulsante e em estado bruto como a Pixação de São Paulo.
Quais são seus próximos projetos?
No momento estou trabalhando em um projeto que tem como objetivo documentar aparições de OVNIS, que tem ocorrido entre a Serra da Cantareira e Zona Norte de São Paulo. Estas duas regiões, especialmente a Serra da Cantareira, são “Hot Spots” para a ufologia.
Quando vi o fenômeno pela 2ª vez em 2006 (o mesmo ano que passei a fotografar), decidi que em algum momento eu deveria documentar sistematicamente este tipo de acontecimento. Então no 2º semestre de 2010, após outro avistamento, decidi iniciar o projeto. Já possuo quatro registros contundentes em vídeo, nos quais aparecem as estruturas metálicas e discoides, alguns fazendo manobras em 90 graus, algo impossível para nossa aeronáutica.
Mas ainda não sei como vou formatar este material para ser apresentado.